Não é novidade que a dieta é a forma mais poderosa de manter a microbiota intestinal saudável. A dieta influencia a atividade metabólica e a composição da microbiota intestinal, tendo um efeito sobre respostas imune e inflamatórias, com consequências para a saúde.
O papel das diferentes dietas na saúde intestinal
O que você come tem uma grande influencia na composição e nas funções da microbiota intestinal. Portanto faça escolhas dietéticas que melhore a sua qualidade de vida, bem como sua saúde e consequentemente sua disposição ou performance.
O estilo alimentar que mais nos mantem em forma, energizados e felizes é o estilo carnívoro, pois é uma dieta rica em produtos de origem animal, como: carnes, peixes, ovos, frutos do mar. O que vai proporcionar: alta densidade nutricional, ácidos graxos essenciais, e proteínas completas.
Em resumo, os componentes mais cruciais de que os seres humanos necessitam.
Lições importantes da dieta carnívora para a saúde do seu intestino
Comer carne não vai te matar
Essa discussão é antiga, e já cobrimos extensivamente quando falamos varias vezes sobre os mitos relacionados á carne vermelha. Mas é sempre bom enfatizar este fato.
Porque vemos centenas e centenas de vezes anedóticos de pessoas que finalmente, estão recuperando sua saúde com esta dieta. Justamente por perderem o medo de comer carne.
Sendo assim, são relatos anedóticos, ou seja, relatos pessoais, que por tanto, não tem o peso cientifico que estudos bem controlados trazem.
Resumindo: carne vermelha não processada não faz mal a saúde, troque seu medo de carne, por medo de outras coisas que realmente podem ser prejudiciais como: o trigo ou os óleos vegetais.
Comer mais fibra nem sempre é a solução
Cada vez mais pessoas sabem que pode ser interessante e benéfico diminuirmos a ingestão de carboidratos na nossa alimentação. Afinal de contas, existem muitos e muitos casos de sucesso com dieta carnívora.
Também sabemos que não é “sensato” suplementar gordura, por exemplo adicionado uma grande quantidade de gordura no seu café, ou seja, aqui estamos citando açúcares refinados como exemplo, para adoçar o mesmo.
Mas, quando se trata de fibras alimentares, é raro ouvir opiniões moderadas: a mentalidade prevalente parece ser a de que “quanto mais melhor”.
O que nos leva a pensar: se nenhum dos casos acima, carboidratos, proteínas, gorduras, e nem no caso de vitaminas isoladas, “quanto mais, melhor” é uma boa ideia, porque seria no caso da fibra?
Enquanto algumas pessoas sofrem com o intestino preso em dietas baixas em fibras, a verdade é que excesso delas também podem prender o intestino, inclusive causando inchaço, gases, distensão abdominal e constipação.
E as evidencias atuais parecem apontar que consumir alguma fibra é sim algo útil para a microbiota intestinal.
Pois assim como os demais probióticos, a fibra serve de alimento para as bactérias que residem no nosso intestino, inclusive as bactérias boas. No entanto, algumas pessoas podem sofrer justamente com a proliferação excessiva dessas bactérias: pessoas com alguma disbiose, intestino permeável, ou mesmo alguma sensibilidade.
E a dieta carnívora põe a prova esse conceito, ao preconizar uma dieta com efetividade zero fibras. Surpreendentemente isso não leva as pessoas a sofrerem com intestino preso ou outros problemas. Afinal de contas, existem vários fatores envolvidos em um intestino saudável, e a fibra não é a única chave para a saúde intestinal.
Além disso, vale a pena lembrar que ainda estamos ingerindo substratos prebióticos mesmo na dieta carnívora.
Tais como:
- Cartilagens;
- Ossos;
- Tendões;
- Ligamentos;
- Tecido conjuntivo no geral;
E caso você consuma derivados de leite na sua dieta carnívora, fica ainda mais fácil. Pois os oligossacarídeos presentes no leite também são prebióticos, e ainda há a opção de consumir kefir, skyr e iogurtes.
Portanto, muitas vezes, fomos acostumados com o paradigma de que “quanto mais fibra, melhor”. A dieta carnívora mostra como uma dieta com zero fibras pode ser sim positiva para muitas pessoas, principalmente as que sofrem com intestino preso.
Oxalatos podem ser um problema
Sabe aquela sensação entranha que pode ficar na sua língua e gengiva após comer uma bela porção de espinafre cru? Ela é causada pelos oxalatos, um tipo de antinutriente presente em muitas plantas.
Os oxalatos se ligam a minerais e formam cristais, sendo que o mais conhecido deles é o oxalato de cálcio, o tipo mais comum de calculo renal, ou seja, nada divertido.
O movimento carnívoro costuma capitanear a necessidade de evitar oxalatos como uma razão para não comermos legumes e vegetais, pelo fato de que muitos acham que os animais desenvolveram adaptações para digerir e neutralizar grandes quantidades de oxalatos. Mas, este não é o caso da maioria dos humanos.
É claro que existem exceções, as tribos dos Hadza, na tasmânia, possuem bactérias especificas que destroem o oxalato. Mas eles são caçadores-coletores, e levam vidas provavelmente diferentes da sua, sem dispor de coisas como sabonete, ar condicionado, sedentarismo e uma cerveja ocasional aos finais de semana.
Agora, o ponto não é te deixar morrendo de medo, a ponto de sair correndo a cada vez que ver um creme de espinafre. E sim te deixar ciente de que os oxalatos existem, e que existem medidas que você pode tomar para reduzir o impacto deles. Uma das opções é fermentar o alimento. Uma segunda opção é escolher plantas que são mais baixas em oxalatos. Você pode também melhorar o seu metabolismo do cálcio ao obter bastante vitamina A, vitamina K2, e vitamina D, você melhora o metabolismo do cálcio, o que deixa menos cálcio livre para se juntar ao oxalato e formar cristais.
Então, os oxalatos podem estar causando problemas a você, e você nem sabia que eles existiam. Muitas vezes reduzir o teor de oxalatos na sua dieta pode ser algo benéfico, claro que você não precisa ser carnívoro para fazer isso, porém o estilo carnívoro é um dos principais motivos pelos quais a questão dos oxalatos está sendo discutida atualmente.
Carne é a base da dieta humana ancestral
O fato é que nossos ancestrais vinham comendo carne, tutano, e mesmo carcaças há mais de 2,5 milhões de anos. Sendo que a ingestão de carne é provavelmente um dos maiores fatores que nos separam de nossos primos primatas. Pois a abundancia de calorias e nutrientes da carne nos permitiu “escolher nosso sistema digestório, e aumentar nosso cérebro”.
Ao vivenciarmos na pele a experiencia de comer exclusivamente carne, e sobreviver com muita energia, e nos sentindo muito bem, você se conecta com esse passado primitivo.
Ponto extra se você comer um grande churrasco após um treino intenso de exercícios compostos na academia. Pois é bem satisfatório levantar pesos pesados e depois comer carne até a saciedade.
Por isso, comer carne, e demais alimentos de origem animal é algo completamente alinhado á evolução humana.
Portanto, a dieta carnívora salienta que não há nada de evolutivamente em preferir um belo filé de carne ou de peixe bem feitos a um pé de alface ou repolho.
Carnívora pode ser a melhor dieta de eliminação
A dieta carnívora é uma versão simplificada. Isso porque ela elimina os mesmos alimentos que são identificados como potencialmente problemáticos. E por ser mais restritiva acaba sendo mais simples de seguir.
Você não precisa de uma lista para ir ao mercado. Aliás, você nem vai ao mercado, pois basta ir ao açougue comprar carnes, vísceras e ovos. Comer esses alimentos, eventualmente comer peixes, cozinhar com banha. Tomar caldo de ossos.
A dieta carnívora funciona de maneira excelente como uma dieta de eliminação.
Concluindo, a dieta carnívora pode sim ajudar a tratar a constipação intestinal, melhorando os movimentos intestinais e reduzindo inchaço e gazes. Se familiarize com o estilo carnívoro e ajude a melhorar o funcionamento do seu cérebro e sua clareza mental.
